O baile caiçara, fandango, xiba ou ciranda como é chamado em Paraty é um espaço de divertimento e no passado já teve a função social de servir como pagamento por trabalhos coletivos. É cada vez mais raro o ajuntório mas algumas comunidades do território caiçara resistem e ainda fazerem mutirões para construção, roças, ou puxadas de canoas, mas muito mais raro é a presença da festa para reunir os companheiros e companheiras para pagar a empreitada.  Nesse espaço de festar do caiçara e da caiçara a música é central e a presença dos tocadores e luthiers é fundamental. Muitos estudos sobre o fandango ou a ciranda se concentram nos aspectos musicais e deixam a dança que está ligada às marcas-modas em segundo plano. E nesse território da dança está paritalmente a presença da mulher, o que não acontece no território do tocar. As mulheres não eram incentivadas a tocar instrumentos e assumiam outras funções na organização dos bailes e hoje temos muito poucas que tocam e integram os grupos, mas a cada dia que passa elas vem se tornando mais presentes nos palcos.

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